No interior da Argentina, grupos de caminhoneiros organizaram uma paralisação para protestar contra o preço do diesel, que está mais barato na capital do país, Buenos Aires, do que nos municípios. De acordo com a Associação de Transportadores de Carga de Tucumán (ATCT), a suspensão das atividades será mantida por tempo indeterminado.
A organização também relatou que os protestos denunciam a falta de diesel no país e reivindica a equidade do preço do produto em todo o território argentino. Na última semana, o combustível sofreu uma elevação de 12%, o que aumentou o preço do litro para 126 pesos, o equivalente a, aproximadamente, R$ 5,26.
No entanto, devido à escassez do produto, os preços no interior foram ainda mais elevados, chegando a 190 pesos, R$ 7,92, em algumas províncias. Além disso, caso o diesel transportado nos caminhões ultrapasse os 200 litros, o preço do combustível pode chegar a 230 pesos, R$ 9,59, por litro.
Em uma entrevista coletiva, o presidente da ATCT, Eduardo Reinoso, alegou que os reajustes de preço impactaram nas tarifas cobradas pelos caminhoneiros, o que fez com que as ofertas de trabalho que recebiam diminuíssem.
“Pedimos uma política federal para conseguir o mesmo preço de diesel que na capital do país. Não estamos sendo competitivos nem conseguindo trabalhar porque os clientes não aceitam as novas tarifas”, declarou.