A economia brasileira voltou a crescer no terceiro trimestre deste ano e, com isso, saiu da chamada "recessão técnica". É o que indicam informações divulgadas nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central.
Segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br)– indicador considerado com uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – a economia registrou um crescimento de 9,47% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Dois trimestres seguidos de queda do nível de atividade (registrados neste ano) representam uma recessão técnica, que foi superada, segundo indicam os números prévios do BC.
O resultado oficial do PIB no terceiro trimestre deste ano, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 3 de dezembro.
Os resultados do IBC-Br, neste ano refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma retomada da economia, puxada, entre outros fatores, pelo auxílio emergencial.
Em análise recente, o BC informou que "programas governamentais de recomposição de renda têm permitido uma retomada relativamente forte do consumo de bens duráveis e do investimento".
De acordo com o IBC-Br, somente em setembro deste ano, a economia brasileira mostrou crescimento de 1,29% na comparação com agosto. O número foi calculado após ajuste sazonal. Esse foi o quinto mês seguido de crescimento do indicador, na comparação com o mês anterior.
Mesmo assim, os números do Banco Central também mostram que o nível de atividade ainda não voltou ao patamar de fevereiro, registrado antes da pandemia do novo coronavírus.
Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.
O cálculo dos dois é um pouco diferente. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica. O BC indicou, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), manutenção da taxa básica da economia nesse patamar nos próximos meses.
MPCE recomenda que Prefeitura de Fortaleza divulgue lista de vacinados em tempo real