Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, disse nesta terça-feira (15) que o bloco europeu é “bem-vindo” para visitar a área e “entender verdadeiramente a situação, sem depender de boatos”. “A UE expressou seu desejo de visitar Xinjiang, a China já concordou e está disposta a fazer arranjos”, disse Wang, durante uma entrevista coletiva. A declaração foi uma resposta ao pedido feito por representantes da UE ao dirigente chinês, Xi Jinping, durante uma videoconferência nesta segunda-feira (14). Os europeus querem que a China faça mais concessões no campo dos direitos humanos para conseguir avançar em um acordo comercial que já se arrasta por sete anos e inclui questões de muita complexidade, como a defesa da propriedade intelectual, repasse de tecnologia e subsídios.
Avanços
Para o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, as negociações avançam para uma relação equilibrada entre UE e China, mas ainda existem “diferenças reais em assuntos difíceis”. Segundo ele, a questão dos direitos humanos precisa de uma “atenção mais cuidadosa”. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que a China precisa convencer a UE de que o acordo, que os dois lados querem finalizar até o final deste ano, realmente vale a pena.