A cefaléia é um sintoma que aparece freqüentemente associado à DTM.
Estudos epidemiológicos indicam forte associação entre dor de cabeça e DTM, porém essa interação ainda é passível de discussões. Um dos principais achados apresentados na literatura é que parece haver uma importante interação no processamento das dores provenientes das cefaléias e das DTMs
Estudos têm mostrado que a fisiopatologia de ambas está intimamente relacionada com os núcleos do nervo trigêmeo. Neurônios no núcleo caudado trigeminal integram informações aferentes de tecidos intra e extracranianos. Com base nessas investigações podemos sugerir que apesar de vários mecanismos distintos estarem presentes na fisiopatologia das cefaléias e das DTMs, as mudanças ocorridas nos padrões neuromusculares têm fundamental papel na patogênese dessas queixas. Há necessidade de mais estudos populacionais e longitudinais para se determinar melhor a etiologia e a relação entre cefaléia e DTM
As Disfunções Temporomandibulares (DTM) são as condições mais comuns de dores crônicas orofaciais, de causa não dentária, que se apresentam aos dentistas e outros
profissionais da saúde. DTM e dor orofacial podem estar fisiologicamente associadas a outras patologias somáticas ou neurológicas, como, por exemplo, cefaléias ou dores neurogênicas
As cefaléias são significativamente mais prevalentes em indivíduos com DTM (cerca de 27,4%)10, sendo as mulheres as mais vulneráveis quanto ao grau de prevalência e severidade da dor. Na
população adulta em geral, a cefaléia associa-se a sintomas temporomandibulares, particularmente durante as crises de dor de cabeça.
A princípio, verificou-se que estímulos nociceptivos prolongados provenientes do tecido miofascial sensibilizam o sistema nervoso central podendo, assim, levar ao aumento da sensibilidade dolorosa
A condição mais comum de disfunção muscular é a dor miofascial dos músculos mastigatórios, a qual se caracteriza por pontos de gatilho nos músculos envolvidos.
Se o músculo temporal estiver envolvido, o paciente pode queixar-se de dor de cabeça devido à localização anatômica desse músculo. A tendência do referido músculo caso esteja em com tônus alterado é o de fechar as suturas cranianas que atravessa, gerando pontos gatilho e dor na região. Não é difícil ocorrerem ambas, disfunções musculares e articulares, em um mesmo paciente
O profissional que trata dor orofacial deveria ser capaz de entender o processo de sensibilização central por este estar intimamente relacionado à fisiopatologia das diversas condições de dores orofaciais. As consequências de um estímulo nocivo permanente seriam decorrentes não somente de variações sensoriais centrais, mas também de variações periféricas. Além disso, resultados de pesquisas científicas suportam a hipótese da sensibilização periférica, em que estímulos nociceptivos prolongados, provenientes da periferia, resultariam em sensibilização central capaz de transformar dor episódica em dor crônica
Verificou-se a presença de sensibilidade muscular pericraniana aumentada em pacientes que apresentavam cefaléia e DTM. A frequência e a intensidade das crises de cefaléia seriam maiores nesses pacientes, sendo o risco para o desenvolvimento de cefaléia duas vezes maior
Fatores adicionais capazes de favorecer o desencadeamento de DTM e de cefaléia secundária, tais como perda da dimensão vertical, presença de bruxismo ou apertamento diurno, alterações da biomecânica cervical, dor miofascial generalizada, depressão, stress entre outros, deveriam ser reconhecidos e considerados pelos dentistas, fisioterapeutas,neurologistas, etc.
De acordo com a literatura, as cefaléias mostram-se duas vezes mais prevalentes em grupos com DTM quando comparados a grupos controle.
A prevalência de sinais e sintomas de DTM mostra-se, também, mais elevada em populações com cefaléias, estando positivamente correlacionada com o grau de severidade e a frequência de crises de dor, quando comparadas a controles saudáveis
Portanto, trabalhos adicionais são requeridos para elucidar a prevalência da DTM entre pacientes com cefaléias crônicas e vice-versa e, ainda, como cada uma dessas condições
poderia atuar como fator de risco para a ocorrência da outra.
De acordo com as literaturas analisadas, a disfunção temporomandibular é bastante comum na população em geral que apresenta como principal sintoma a cefaléia. As alterações funcionais e estruturais que ocorrem na articulação temporomandibular, a desarmonia dos suprimentos vasculares e neurais dos músculos e a alteração do tônus dos músculos mastigatórios são fatores importantes para a ocorrência de cefaléia.
Os estudos descritos na literatura demonstram que a cefaléia foi mais prevalente no sexo feminino, com o pico da idade entre 28 e 39 anos e que poderiam ser decorrentes das diferenças fisiológicas e morfológicas entre os sexos.
Manobras Intra-orais
Drenagem Linfatica Facial
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Terapia Neural
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Dr. Antonio Viana C Junior
Fisioterapeuta - Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica
OSTEOPATIA E QUIROPRAXIA
DISFUNÇÕES DA ATM E PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIAS ORTOGNÁTICAS
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